ENTRE OS TESTAMENTOS
Aproximadamente 400 anos
Período Pérsico, 430-331 a.C.
Ao encerrar-se o A. T., lá pelos 430 a.C., a Judéia era uma província da Pérsia. Esta havia sido potência mundial por uns 100 anos. Continuou a sê-la por outros 100 anos, durante os quais não se conhece muito acerca da história judaica. O domínio Pérsico, na sua maior parte, foi brando e tolerante, gozando os judeus de considerável liberdade.
Os reis persas desse período foram:
Artaxerxes I, 464-423 a.C. Sob seu governo, Neemias reconstruiu Jerusalém.
Xerxes II, 423 a.C. Dario II (Notos), 423-404 a.C. Artaxerxes II (Mnemom), 404-359 a.C. Artaxerxes III (Ocos), 358-338 a.C. Arses, 338-335 a.C. Dario III (Codomano), 335-331 a.C. Sob o governo deste, o império pérsico caiu.
Período Grego, 331-167 a.C.
Até esse tempo as grandes potências do mundo tinham estado na Ásia e na África. Mas, assomando agourentamente do horizonte ocidental, via-se o poder crescente da Grécia. Os começos da história dos gregos estão envolto em mito. Julga-se ter começado lá pelo Século 12 a.C., época dos juízes de Israel. Veio depois a guerra de Tróia, e Homero, cerca de 1000 anos a.C., tempo de Davi e Salomão. O início da autêntica história grega conta-se comumente a partir da primeira olimpíada, 776 a.C. Ocorreu depois a formação dos estados helênicos, 776-500 a.C. Seguiram-se as guerras Pérsicas, 500-331 a.C. E as famosas batalhas: Maratona, 490 a.C.; Termópilas e Salamina, 480 a.C. Veio depois a brilhante era de Péricles, 465-429 a.C., e Sócrates, 469-399, contemporâneo de Esdras e Neemias.
Alexandre, o Grande, 336 a.C., com idade de 20 anos assumiu o comando do exército grego e, à maneira de meteoro, investiu para o Oriente, sobre as terras que estiveram sob o domínio do Egito, Assíria, Babilônia e Pérsia. Em 331 a.C. o mundo inteiro jazia aos seus pés. Invadindo a Palestina em 332 a.C., mostrou muita consideração pelos judeus, poupando Jerusalém e oferecendo-lhes imunidades para se estabelecerem em Alexandria. Fundou cidades gregas por todos os seus domínios a elas levou a cultura e a língua do seu povo. Após breve reinado faleceu, em 323 a.C.
Morrendo Alexandre, seu império passou a quatro dos seus generais; as secções orientais, Síria e Egito, couberam a Seleuco e a Ptolomeu, respectivamente. A Palestina, que ficava entre a Síria e o Egito, pertenceu primeiro àquela, mas logo passou para este, 301 a.C. e permaneceu sob o controle do Egito uns 100 anos, até 198 a.C.
Sob os reis do Egito, chamados Ptolomeus, a condição dos judeus foi sobretudo pacífica e feliz. Os que estavam no Egito construíam sinagogas em todas as partes onde se estabeleciam. Alexandria veio a ser um centro influente do judaísmo.
Antíoco, o Grande, reconquistou a Palestina, 198 a.C., que voltou para os reis da Síria, chamados Selêucidas.
Antíoco Epifânio, 175-163 a.C., foi violentamente rancoroso com os judeus; fez um esforço titânico e decidido por exterminá-los e à sua religião. Devastou Jerusalém, 168 a.C., profanou o Templo, em cujo altar ofereceu uma porca, erigiu um altar a Júpiter, proibiu o culto no Templo, impediu a circuncisão sob pena de morte, destruiu todas as cópias das Escrituras que foram encontradas, matando todos quantos foram achados de posse das mesmas, vendeu milhares de famílias judias para o cativeiro, e recorreu a toda espécie imaginável de tortura para forçar os judeus a renunciar sua religião. Isso deu ocasião à revolta dos Macabeus, uma das mais heróicas façanhas da história.
Os Ptolomeus (Reis Gregos do Egito) foram:
Ptolomeu I, (Soter) 323-285 a.C. Ptolomeu V (Epifânio). 205-182.
Ptolomeu II (Filadelfo), 285-247 a.C. Ptolomeu VI (Filometor), 182-146.
Ptolomeu III (Euergetes), 247-222. Ptolomeu VII (Euergetes II),
Ptolomeu IV (Filopater), 222-205. 146-117.
Os Selêucidas (Reis Gregos da Síria) foram:
Seleuco Nicator, 312-281 a.C. Antíoco IV (Epifânio), 175-164.
Antíoco I (Sóter), 281-261. Antíoco V (Eupator), 163-162.
Antíoco II (Teos), 261-246. Demétrio I, 162-150.
Seleuco II (Callínico), 246-226. Alexandre Balas, 150-146.
Seleuco III (Cerauno), 226-223. Antíoco VI (Teos), 146-143.
Antíoco III (Grande), 223-187. Trifon, 143-139.
Seleuco IV (Filopator), 187-175. Antíoco VII (Sidetes), 139-129.
Período da Independência, 167-63 a.C.
Também chamado período Macabeu ou Hasmoneano. Matatias, sacerdote, de intenso patriotismo e imensa coragem, furioso com a tentativa de Antíoco Epifânio de destruir os judeus e sua religião, reuniu um bando de leais compatriotas e desfraldou a bandeira da revolta. Tinha cinco filhos heróis e guerreiros: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar. Matatias faleceu em 166 a.C. Seu manto caiu sobre o filho de Judas, guerreiro de admirável gênio militar. Ganhou batalha após batalha em condições de inferioridade incríveis e impossíveis. Reconquistou Jerusalém, 165 a.C., purificou e reedificou o Templo. Foi esta a origem da festa da Dedicação. Judas uniu em si a autoridade sacerdotal e a civil, e assim estabeleceu a linhagem dos sacerdotes-governadores hasmoneanos, que pelos seguintes 100 anos governaram uma judéia independente. Foram: Matatias, 167-166 a.C.; Judas, 166-161; Jônatas, 161-143; Simão, 143-135; João Hircano I, 135-104, filho de Jônatas. Aristóbulo e filhos, 104-63, indígnos do nome dos Macabeus.
Período Romano, 63 a.C. ao tempo de Cristo
No Ano 63 a.C., a Palestina foi conquistada pelos romanos sob as ordens de Pompeu. Antipator, idumeu (edomita, descendente de Esaú) foi designado governador da Judéia. Sucedeu-lhe seu filho Herodes, o Grande, que foi rei da Judéia, 37-4 a.C. Herodes, para obter o favor dos judeus, reedificou o Templo com grande esplendor. Mas era brutal e cruel. Foi este o Herodes que governava Judá quando Jesus nasceu, e que trucidou os meninos de Belém.