O LIVRO DOS SALMOS

29/07/2012 10:55

 

   Na parte central da Bíblia encontra-se o livro dos Salmos. Esta grande coleção de cânticos e orações expressa o coração e a alma da humanidade. Neles, toda a gama de experiências humanas é expressa. Não existe clichê neste livro. Davi e outros escritores honestamente externaram seus verdadeiros sentimentos, refletindo uma dinâmica e poderosa amizade com Deus, capaz de trazer mudança de vida.

   Os salmistas confessaram seus pecados, expressaram suas dúvidas e seus temores, pediram ajuda a Deus nos tempos de dificuldades, louvaram-no e adoraram-no.

   Ao ler o livro de Salmos, você verá crentes que clamaram a Deus das profundezas do desespero e cantaram nas alturas, celebração. Mas estivessem desesperados ou felizes, os salmistas compartilharam sentimentos honestos com Deus.

 

   Podemos identificar-nos com os Salmos, porque expressam os nossos sentimentos. Todos nós enfrentamos dificuldades e freqüentemente respondemos como os salmistas há centenas de anos. No Salmo 3, por exemplo, Davi contou a Deus como se sentia a respeito do crescente número de seus adversários. E logo percebeu que a presença e o cuidado de Deus transformavam os inimigos em algo sem importância. Tal experiência é repetida em muitos salmos. Normalmente, a esperança e a confiança em Deus excedem o medo e o sofrimento. Mesmo quando isto não ocorria e os salmistas sentiam abandonados por Deus, continuavam a verbalizar seus pensamentos e suas emoções para Ele. Quando estavam impacientes pela aparente demora de Deus para responder às orações, os salmistas também confessavam. Por reconhecerem a diferença entre eles e Deus, os salmistas tinham liberdade para reconhecerem suas limitações e serem honestos com o seu Criador.

   É por isso que muitos salmos obscurecidos pela dor e pela tristeza terminam em iluminados pela alegria. Os salmistas começam expressando suas dificuldades, mas lembram-se com que estão falando com o Criador, o Todo-Poderoso, o Deus de amor!

   Embora tenhamos muito em comum com os salmistas, podemos divergir em dois aspectos: talvez não verbalizamos para Deus o que realmente pensamos e sentimos, e não reconheçamos quem está ouvindo as nossas orações! Se for assim, ao ler os salmos 3; 6; 13; 31; 37; 64; 77; 102; 121; 142, atende para a sinceridade dos salmistas e a ponha em prática em sua vida. Você ficará mais consciente sobre si mesmo, e seu apreço por Deus crescerá à medida que você for honesto com Ele.

   Por causa da sinceridade expressa por eles, ao longo da história, homens e mulheres têm recorrido repetidamente aos Salmos, para encontrar conforto em tempos de lutas e angústia.

  

   Ao longo dos séculos, muitos crentes tomaram consciência de seus pecados e encontraram nos salmos penitenciais um raio de esperança. Os salmistas partilharam com Deus a profundidade de sua tristeza e de seu arrependimento, bem como a alegria de serem perdoados por Ele. Regozijaram-se no conhecimento de que Deus responderia à confissão e ao arrependimento com o perdão completo. Nós, que vivemos após a morte e ressurreição de Cristo, podemos alegrar-nos mais, porque compreendemos mais.

   Deus nos mostrou que está disposto a perdoar, porque seu julgamento do pecado foi satisfeito pelo sacrifício expiatório de Jesus na cruz.

   Ao ler os Salmos 14; 32; 38; 41; 51; 130; 143, note que o padrão seguido pelos salmistas: (1) eles reconheceram sua propensão a errar; (2) perceberam que o pecado é uma rebelião contra o próprio Deus; (3) admitiram seus pecados; (4) confiaram na disposição de Deus para perdoar; e (5) aceitaram seu perdão.  

 

   Caro leitor simpatizante desta obra, deixe a sinceridade dos salmistas guiar você a um profundo e genuíno relacionamento com Deus. Use os salmos para lembrar como é fácil afastar-se de Deus e cair em pecado, e o que é necessário para estabelecer a comunhão com o SENHOR NOSSO DEUS!

 

                               DEUS TE ABENÇÔE!